Musicista francesa faz apresentação inédita de Canto Pré-Natal do HMIJS

Apresentação inédita do Materno-Infantil
Ascom

Com trabalhos de Psicofonia desenvolvidos na Europa, América Latina e cidades brasileiras, como Curitiba, Salvador e Itacaré, a musicista francesa Marie-Laure Potel se apresentou pela primeira vez em Ilhéus especialmente para colaboradores e gestantes do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS). O projeto Vivência em "canto pré-natal", visa oferecer aos profissionais e gestantes da região uma experiência única que une a música à maternidade, promovendo bem-estar físico e emocional, além de fortalecer o vínculo mãe-bebê durante a gestação, parto e pós-parto. “O nosso corpo é, de fato, o nosso maior instrumento musical”, revela.

A prática do canto pré-natal, criada na França em 1960 por Marie-Louise Aucher, é uma técnica vocal baseada na psicofonia. Cantora de ópera e professora de canto, ela se inspirou na maternidade de suas alunas, apresentou à Academia de Ciências de Paris os efeitos das vibrações em diferentes partes do corpo, teoria que deu origem ao canto pré-natal. Em 1976, o renomado obstetra francês Michel Odent a convidou a dirigir um grupo de canto pré-natal na maternidade do Hospital de Pithiviers, na França.

Experiência

Especialista no método, a musicista Marie-Laure Potel oferece oficinas de canto e formação baseada na psicofonia: canto pré-natal e terapêutico, mãe-bebê, corais, dentre outros. Também atua no Centro de Acolhimento Médico-Social Precoce (CAMSP) e no Centro de Prevenção do Suicídio (CPS), em Paris.

“O canto pré-natal promove a consciência corporal e o bem-estar, ajudando as gestantes a se adaptarem às mudanças físicas nesta fase”, afirma. As vibrações da voz materna são transmitidas ao bebê ainda no útero, criando uma profunda conexão entre o binômio, diz a estudiosa. “A respiração adaptada ao canto facilita o trabalho de parto por meio de "massagem sonora" na região pélvica. Após o nascimento, o bebê reconhece e se acalma com as vozes e melodias ouvidas no útero, ajudando na adaptação à vida fora do ventre. A prática também auxilia a mãe a redescobrir seu corpo pós-parto”, explica.

Experiências e musicoterapia

No Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, experiências como estas estão sendo sempre apresentadas tanto para colaboradores quanto para pacientes. A musicoterapia é uma delas, exercida, inclusive, durante o parto, quando solicitado pela gestante, como uma forma de humanização e acolhimento à paciente e ao acompanhante em um dos momentos mais delicados da gestação.

A unidade conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. O investimento do estado foi de aproximadamente R$ 40 milhões, entre obras e equipamentos.